Confesso que não entendo os programas de
opinião em antena aberta e artolas de 22 anos que gritam: "Viva o
Salazar". Há dias maus e há dias em que sinto vergonha pelo meu povo.
Bom, será este o meu povo? Não, o meu povo - aquele ao qual pertenço - é filho de Abril. A lembrança que guardo do meu país é Abril.
É a liberdade, aquela liberdade que me deixa gritar que Abril não
morre. A liberdade que me deixa pedir a morte do fascismo. A liberdade
que assenta nos sonhos e na luta por uma qualquer sociedade mais justa e
fraterna.
Lamento a ignorância e a falta de respeito por aqueles
que padeceram e lutaram pela nossa dignidade. Como diria o outro: "É o
país que temos".
Enfim, eu gosto de pensar que Abril não morreu. E
não morreu! As ideias desta luta não morreram pois são mais universais
do que qualquer mentira. Abril viverá enquanto a liberdade e a igualdade
for a nossa bandeira.
Estas são as memórias que desejo guardar de
Portugal. Aquela imagem de uma luta pela igualdade e pela liberdade.
Abril sempre, AntiFa com certeza.
Escrito a 25/04/2014
Abril não morrerá, nunca, enquanto houver uma pessoa que acredite nos seus valores.
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